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Quinta, 03 Outubro 2019 00:00

Todos Juntos Contra o Câncer de Mama - Outubro Rosa

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Recomendações do Ministério da Saúde para o rastreamento e o diagnóstico precoce do câncer de mama e desmistificar conceitos em relação à doença.

Campanha Outubro Rosa 2019

Inicialmente, a doença não apresenta sinais claros. Por isso, você deve conhecer bem o seu corpo para poder identificar qualquer alteração e procurar um médico. Em geral, o primeiro sintoma é um caroço no seio, que pode ser acompanhado por dor ou não. Também pode ocorrer inchaço local, irritação na pele, vermelhidão e saída de secreção.

Existe tratamento para câncer de mama, e o Ministério da Saúde oferece atendimento por meio do Sistema Único de Saúde, o SUS.


 A campanha visa:

  • Enfatizar a importância de a mulher conhecer suas mamas e ficar atenta às alterações suspeitas;
  • Informar que para mulheres de 50 a 69 anos é recomendada a realização de uma mamografia de rastreamento a cada dois anos;
  • Mostrar a diferença entre mamografia de rastreamento e diagnóstica;
  • Esclarecer os benefícios e malefícios da mamografia de rastreamento;
  • Informar que o sistema único de saúde (SUS) garante a oferta gratuita de exame de mamografia para as mulheres brasileiras em todas as faixas etárias.

O Câncer de Mama

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido enquanto outros são mais lentos.

Para o Brasil, estimam-se 59.700 casos novos de câncer de mama, para cada ano do biênio 2018-2019, com um risco estimado de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, esse tipo de câncer também é o primeiro mais frequente nas mulheres das Regiões Sul (73,07/100 mil), Sudeste (69,50/100 mil), Centro-Oeste (51,96/100 mil) e Nordeste (40,36/100 mil). Na Região Norte, é o segundo tumor mais incidente (19,21/100 mil).


O que aumenta o risco?

O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos). Outros fatores que aumentam o risco da doença são:

Fatores ambientais e comportamentais:

  • Obesidade e sobrepeso após a menopausa;
  • Sedentarismo (não fazer exercícios);
  • Consumo de bebida alcoólica;
  • Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X).

Fatores da história reprodutiva e hormonal:

  • Primeira menstruação antes de 12 anos;
  • Não ter tido filhos;
  • Primeira gravidez após os 30 anos;
  • Não ter amamentado;
  • Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos;
  • Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona);
  • Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.

Fatores genéticos e hereditários ( a mulher que possui um ou mais desses fatores genéticos/ hereditários é considerada com risco elevado para desenvolver câncer de mama).

  • História familiar de câncer de ovário;
  • Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos;
  • História familiar de câncer de mama em homens;
  • Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.

O câncer de mama de caráter genético/hereditário corresponde a apenas 5% a 10% do total de casos da doença.
Homens também podem ter câncer de mama, mas somente 1% do total de casos é diagnosticado em homens.
Atenção: a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher necessariamente terá a doença.


Como Prevenir:

Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:

  • Praticar atividade física regularmente;
  • Alimentar-se de forma saudável;
  • Manter o peso corporal adequado;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Amamentar

Sinais e Sintomas: 

É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.

Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são:

  • Caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;
  • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
  • Alterações no bico do peito (mamilo);
  • Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
  • Saída espontânea de líquido dos mamilos

As mulheres devem procurar imediatamente um serviço para avaliação diagnóstica ao identificarem alterações persistentes nas mamas. No entanto, tais alterações podem não ser câncer de mama.


Técnica para realizar o Autoexame:

Entre as técnicas para o autoexame, uma das mais citadas é a que deve ser realizada em frente de um espelho. A mulher, antes do banho, posiciona-se em frente do objeto e observa seus dois seios, primeiramente com os braços ao longo do corpo e depois com suas mãos na cintura fazendo força nelas e, depois, com as mãos atrás da cabeça, observando tamanho, posição, forma da pele, aréola e mamilo, sendo que o controle precisa ser repetido com os braços levantados e mantidos por detrás da cabeça da mulher.

Nessa percepção, a mulher deve notar qualquer alteração na superfície dos seios, como alguma depressão ou saliência ou rugosidade. Ainda no espelho, os autores aconselham que ela pressione suavemente o mamilo para verificar se dá saída de qualquer líquido. Deve notar se o mamilo estiver para dentro como acontece com o umbigo e se não era assim antes. A técnica também pode ser realizada em pé e deitada, onde a mulher apalpará a região de seus seios com movimentos circulares.


Autoexame de mama funciona? 

No autoexame de mama, a mulher apalpa seus seios em busca de anormalidades nessa região. O autoexame de mama é uma técnica de prevenção usada na tentativa de identificar estágios iniciais do câncer de mamas. No entanto, as evidências científicas — como confirma o próprio Instituto Nacional do Câncer — sugerem que "o autoexame das mamas não é eficiente para o rastreamento e não contribui para a redução da mortalidade por câncer de mama.

O autoexame de mama é baseado em uma teoria incorreta do desenvolvimento do câncer, que assume um crescimento linear do tumor. De acordo com a especialista em câncer de mama Susan Love, "Câncer de mama não funciona assim... é escorregadio. Você poderia se examinar todo dia e de repente encontrar uma noz. Portanto, o exame das mamas realizado pela própria mulher não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado para essa atividade.

Geralmente as mulheres morrem ao esconder o câncer de mama por medo ou vergonha. Em seus efeitos psicológicos, o câncer afeta a percepção da sexualidade e a imagem pessoal que a mulher tem de si. O Instituto Nacional do Câncer acredita que o autoexame realizado pelas mulheres na região mamária seja recomendado tão-somente como parte de uma educação que visa ao conhecimento do próprio corpo e de uma preocupação positiva com a saúde feminina.


Principais dúvidas sobre o Câncer de Mama:

  • Menstruação Precoce aumenta as chances de ter Câncer de Mama? – SIM, a mulher que menstrua cedo na vida está mais propensa a ter câncer de mama porque a menstruação precoce indica que o corpo já está produzindo bastante estrogênio e progesterona, os hormônios femininos, desde cedo. Acontece que o estrogênio estimula a proliferação das células da glândula mamária. E, se uma delas é cancerosa, a chance de produzir cópias defeituosas sobe. Pelo mesmo motivo, mulheres que têm filhos apresentam um menor risco de câncer de mama. Isso porque, durante a gestação, a concentração desses hormônios cai devido à interrupção da menstruação.

  • Mamografia só a partir dos 50 anos? – NÃO, o Inca recomenda que o exame de mamografia para a população geral seja feito só a partir dos 50 anos. No entanto, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) receitam a mamografia a partir dos 40 anos. Na faixa de 40 a 50 anos, a indicação é que a mulher se submeta a esse método a cada dois anos (se não houver nenhuma alteração). A partir dos 50 anos, a mamografia deve ser anual. Vale dizer que o ideal mesmo é procurar um médico para analisar seu risco individual de desenvolver câncer de mama. E, a partir daí traçar o melhor plano de rastreamento para você.

  • O Câncer de Mama é hereditário? – NEM SEMPRE, o câncer de mama hereditário corresponde a menos de 5% dos casos, ou seja, não é porque alguém da sua família já teve câncer de mama que você obrigatoriamente vai ter. A maioria dos casos de câncer de mama não advêm de um forte componente familiar. No entanto, quem possui histórico familiar de câncer de mama ou de outro tipo deve conversar com um oncologista, ginecologista ou mastologista para uma orientação individualizada.

  • Quando a Ultrassonografia e a Ressonância Magnética são indicadas? – A ultrassonografia e a ressonância magnética das mamas são exames complementares. São indicadas mais comumente para mulheres jovens, que têm os seios naturalmente mais densos porque, nesta situação, a mamografia apresenta uma maior dificuldade de detectar eventuais nódulos. A ultrassonografia também ajuda nos casos em que a mamografia se mostra inconclusiva devido à presença de um nódulo.

  • Prótese de Silicone impede a realização da Mamografia? – NÃO, mesmo com implantes, é possível fazer o exame e diagnosticar a doença. Agora, em alguns casos, o médico pode mesmo solicitar exames complementares, como ultrassonografia ou ressonância.

  • Quem está Amamentando pode fazer Mamografia? – SIM, se houver a necessidade de fazer o exame durante esse período, não há inconveniente para a criança.

A Mamografia é extremamente importante

A mamografia pode diagnosticar nódulos bem pequenos, numa fase bem inicial do câncer, quando é mais provável que a doença não tenha se espalhado, aumentando assim as chances de tratamento e cura. Além de estar atenta ao próprio corpo, também é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.

  • Mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas.
  • Mulheres com risco elevado para câncer de mama devem conversar com seu médico para avaliação do risco para decidir a conduta a ser adotada.

Qual a diferença entre Mamografia de Rastreamento e Mamografia Diagnóstica? 

No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde - assim como a da Organização Mundial da Saúde e a de outros países - é a realização da mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) em mulheres de 50 a 69 anos, uma vez a cada dois anos.


Mamografia de Rastreamento

A mamografia de rastreamento pode ajudar a reduzir a mortalidade por câncer de mama, mas também expõe a mulher a alguns riscos. Conheça os principais benefícios e riscos desse exame:

Benefícios:

  • Encontrar o câncer no início e permitir um tratamento menos agressivo.
  • Menor chance de a paciente morrer por câncer de mama, em função do tratamento precoce.

Riscos:

  • Suspeita de câncer de mama. Isso requer outros exames, sem que se confirme a doença. Esse alarme falso (resultado falso positivo) gera ansiedade e estresse.
  • Câncer existente, mas resultado normal (resultado falso negativo). Esse erro gera falsa segurança à mulher.
  • Ser diagnosticada e submetida a tratamento, com cirurgia (retirada parcial ou total da mama), quimioterapia e/ou radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida. Isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer de mama.
  • Exposição aos Raios X. Raramente causa câncer, mas há um discreto aumento do risco quanto mais frequente é a exposição.

Mamografia Diagnóstica:

A mamografia diagnóstica, assim como outros exames complementares com finalidade de investigação de lesões suspeitas da mama, pode ser solicitada em qualquer idade, a critério médico. Ainda assim, a mamografia diagnóstica geralmente não é solicitada em mulheres jovens, pois nessa idade as mamas são mais densas, e o exame apresenta muitos resultados incorretos.

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